Quando se fala em termos acessórios da oração, pode-se ter a falsa impressão de que se está tratando de elementos dispensáveis das orações e períodos. Na prática, essa impressão não corresponde à verdade: esses termos são acessórios porque não fazem parte da estrutura básica da oração, organizada a partir de um verbo e dos nomes ligados a ele pela concordância ou pela transitividade. No entanto, as informações que transmitem são fundamentais para que se alcance uma comunicação satisfatória (Cipro Neto; Infante, 2008, p. 393).

Fonte: CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2008.

​Leia o trecho da reportagem:

“Um carro foi parar em uma valeta durante um alagamento na Avenida Morangueira. O motorista tentou desviar de um caminhão que estava dando ré para fugir da água e caiu no buraco”.

Fonte: adaptado de: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/01/17/chuva-causa-estragos-alagamentos-e-interdicoes-no-norte-do-parana-veja-como-fica-o-tempo-nos-proximos-dias.ghtml. Acesso em: 2 out. 2025.

Considerando o trecho, sobre os termos acessórios da oração, analise as afirmativas a seguir:

I. Em “Um carro foi parar em uma valeta durante um alagamento na Avenida Morangueira”, a expressão “em uma valeta” funciona como adjunto adverbial de lugar, sendo um termo acessório.

II. Em “durante um alagamento na Avenida Morangueira”, a expressão indica circunstância de tempo, funcionando como adjunto adverbial, termo acessório.

III. Em “O motorista tentou desviar de um caminhão que estava dando ré”, a expressão “de um caminhão” funciona como adjunto adverbial de lugar.

IV. Em “para fugir da água”, a expressão funciona como adjunto adverbial de finalidade, sendo um termo acessório.

V. Em “que estava dando ré”, a expressão é adjunto adverbial de tempo.

É correto o que se afirma em:

De acordo com Santos (2006, p. 59-60): quando se defende o ensino de língua portuguesa numa abordagem textual, entra em questão o uso de textos como unidade de ensino, e não como mero pretexto – para destacar dígrafos, substantivos abstratos ou sujeito composto, por exemplo. O texto como unidade de ensino pressupõe um trabalho que congregue as três práticas de linguagem apresentadas nos Parâmetros: prática de leitura de textos orais/escritos, prática de produção de textos orais/escritos, prática de análise linguística. Em comum entre elas, o pressuposto de que somente relacionando USO-REFLEXÃO-USO, como já nos alertava Travaglia (1996), é possível pensar um ensino de língua portuguesa produtivo, em que o aluno passe da condição de aprendiz passivo para a de alguém que constrói seu próprio conhecimento – com a ajuda do professor, é claro – por observar como a estrutura da língua ocorre nos mais diversos gêneros textuais, lidos e produzidos por ele.

Fonte: SANTOS, L. W. Práticas de linguagem e PCN: ensino de língua portuguesa. In.: SANTOS, L. W.; PAULIUKONIS, M. A. (Org.). Estratégia de leitura: texto e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. p. 59-68.

De acordo com esse contexto, sobre o ensino de gramática e o papel do professor, analise as afirmativas a seguir:

I. O ensino de gramática deve se limitar à explicação de regras e à memorização de conteúdos isolados.

II. Para que o ensino de gramática seja eficaz, é necessário integrar reflexão e uso, contextualizando os conteúdos em textos autênticos.

III. O professor atua como mediador, orientando o aluno a observar como a estrutura da língua se manifesta em diferentes gêneros textuais.

IV. O foco principal da abordagem textual é a correção formal da língua, independentemente do contexto comunicativo.

V. Observar e produzir textos variados permite ao aluno construir conhecimento sobre a gramática de forma significativa e funcional.

É correto o que se afirma em:

​

Texto I:

Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=1037931734361505&set=a.241207277367292. Acesso em: 2 out. 2025.

O uso da vírgula está diretamente ligado à organização sintática e ao sentido. A vírgula pode separar elementos de uma oração, indicar pausa ou marcar contraste entre orações.

Considerando o uso da vírgula, analise as afirmativas a seguir:

I. Na frase “Os alunos, estudaram bastante para a prova”, a vírgula está correta.

II. Na frase “A professora explicou a matéria, mas os alunos ainda tinham dúvidas”, a vírgula está correta.

III. Na frase “Ontem, cheguei tarde em casa”, a vírgula está correta.

IV. Na frase “Maria, e João foram ao cinema”, a vírgula está correta.

V. Na frase “O carro parou, na esquina da rua”, a vírgula está correta.

É correto o que se afirma em:

Fonte: KOCH, I. Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez, 1996.

Texto I:

Fonte: https://www.instagram.com/p/DOLaosJk1dc/. Acesso em: 30 ago. 2025.

Analise a propaganda. Sobre a função sintática dos termos destacados, analise as afirmativas a seguir:

I. Na frase “Nunca é tarde para aprender”, o termo “Nunca” funciona como adjunto adverbial de tempo.

II. A expressão “para aprender” indica finalidade, funcionando como adjunto adverbial.

III. Em “Complete seus estudos e amplie suas oportunidades”, o termo “seus estudos” é objeto direto do verbo “complete”.

IV. Na frase “Educação que transforma vidas”, a oração “que transforma vidas” funciona como objeto direto do substantivo “Educação”.

É correto o que se afirma em:

Analise sintaticamente os dois trechos a seguir do livro “Vidas secas”, de Graciliano Ramos (1953):

Texto 1:

[...] Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

Texto 2:

A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida.

Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

I. Graciliano Ramos recorreu, predominantemente, a dois tipos diferentes de predicado em cada um dos textos, de acordo com sua intenção na construção de cada uma das partes da obra. Nesse sentido, constata-se que, no trecho 01, o autor utiliza, sobretudo, os predicados verbais, enquanto, no texto 02, os nominais,

II. Naquele trecho (Texto 01), pretende descrever as ações da família em seu trajeto por meio de verbos significativos, por exemplo, “andavam” e “haviam repousado”, enquanto neste (Texto 02), opta pelos nominais, a fim de destacar o estado e as características da cachorra Baleia.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: