Viajo Curitiba das conferências positivistas, eles são onze em Curitiba, há treze no mundo inteiro; do tocador de realejo que não roda a

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DESCRIÇÃO

Viajo Curitiba das conferências positivistas, eles são onze em Curitiba, há treze no mundo inteiro; do tocador de realejo que não roda a

Viajo Curitiba das conferências positivistas, eles são onze em Curitiba, há treze no mundo inteiro; do tocador de realejo que não roda a manivela desde que o macaquinho morreu; dos bravos soldados do fogo que passam chispando no carro vermelho atrás do incêndio que ninguém não viu, esta Curitiba e a do cachorro-quente com chope duplo no Buraco do Tatu eu viajo.

Curitiba, aquela do Burro Brabo, um cidadão misterioso morreu nos braços da Rosicler, quem foi? quem não foi? foi o reizinho do Sião; da Ponte Preta da estação, a única ponte da cidade, sem rio por baixo, esta Curitiba viajo.

Curitiba sem pinheiro ou céu azul, pelo que vosmecê é – província, cárcere, lar –, esta Curitiba, e não a outra para inglês ver, com amor eu viajo, viajo, viajo.

TREVESIAN,D. Em busca de Curitiba perdida. Rio de Janeiro. Record. 1992

A tematização de Curitiba é frequente na obra de Dalton Trevisan. No fragmento, a relação do narrador com o espaço urbano é caracterizada por um olhar

A) destituído de afetividade, que ironiza os costumes e tradições da sociedade curitibana.

B) marcado pela negatividade, que busca desconstruir perspectivas habituais de representação da cidade.

C) carregado de melancolia, que constava a falta de identidade cultural diante dos impactos da urbanização.

D) embevecido pela simplicidade do cenário, indiferente à descrição de elementos de reconhecido valor histórico.

E) distanciado dos elementos narrados, que recorre ao ponto de vista do viajante como expressão de estranhamento.

Solução

Nesse fragmento, Dalton Trevisan explora sua conexão com uma Curitiba cotidiana e desprovida de glamour, diferente da cidade idealizada para turistas (“a outra para inglês ver”). O cronista utiliza vocábulos que evocam a banalidade e a ausência, como em “Curitiba sem pinheiro ou céu azul” e as referências a lugares e figuras simples, como o “Burro Brabo” e o “Buraco do Tatu”. Trevisan desconstrói as imagens positivas e turísticas da cidade, revelando seu lado oculto e menos celebrado. Embora a perspectiva do cronista seja marcada por uma negatividade que desmonta os referenciais convencionais, o texto também demonstra seu apego por essa Curitiba simples e sem ostentação, sugerindo um encantamento por sua autenticidade.

Alternativa B

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