
ATIVIDADE 2 - TEOL - TEOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS - 54_2025
ATIVIDADE 2 - TEOL - TEOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS - 54_2025
A teologia existencialista encontra raízes em Søren Kierkegaard (1813-1855), considerado o pai do existencialismo cristão. Ele reagiu contra o cristianismo institucional e o idealismo hegeliano, defendendo que a fé não é um sistema abstrato, mas uma relação apaixonada e pessoal com Deus. Em Temor e Tremor (1843), apresentou a ideia do “salto de fé”, um ato que transcende a razão e envolve o paradoxo de a fé ir além da ética convencional. A filosofia existencial posterior, especialmente com Heidegger e Sartre, também influenciou a teologia contemporânea. Heidegger destacou a condição humana como um “ser-aí” (Dasein) lançado no mundo, confrontado com a finitude, a angústia e o desafio da autenticidade. Sartre, por sua vez, afirmou que a existência precede a essência, defendendo a liberdade radical e a responsabilidade pelas escolhas. Teólogos como Paul Tillich e Rudolf Bultmann dialogaram com essas categorias filosóficas, reinterpretando conceitos como pecado, fé e graça em chave existencial. Nesse contexto, o pecado é entendido não apenas como transgressão moral, mas como alienação de si mesmo, dos outros e de Deus, enquanto a fé se torna um compromisso existencial profundo. Assim, a teologia existencial propõe um novo olhar sobre a vida cristã, valorizando a experiência humana concreta.
KIERKEGAARD, S. Temor e Tremor. Petrópolis: Vozes, 2009.
Com base no texto e nos conteúdos estudados sobre a teologia existencialista, analise as afirmativas a seguir.
I. Para Kierkegaard, a fé exige um “salto” que transcende a razão e pode implicar até uma suspensão da ética convencional.
II. Heidegger associou a autenticidade à aceitação da finitude e à responsabilidade pelas próprias escolhas.
III. Sartre defendeu que a essência do ser humano antecede sua existência.
IV. Tillich e Bultmann reinterpretaram conceitos como fé e pecado em categorias existenciais.
É correto o que se afirma em:


