
As correias, por sua vez, são elementos flexíveis que envolvem as polias e são responsáveis por transmitir o movimento e a força. As correias planas são as mais
As correias, por sua vez, são elementos flexíveis que envolvem as polias e são responsáveis por transmitir o movimento e a força. As correias planas são as mais
As correias, por sua vez, são elementos flexíveis que envolvem as polias e são responsáveis por transmitir o movimento e a força. As correias planas são as mais antigas e simples, adequadas para transmissão de potência moderada e em distâncias maiores. No entanto, são mais suscetíveis a deslizamento. As correias trapezoidais, também conhecidas como correias em "V", são mais eficientes na transmissão de potência devido ao seu formato que se encaixa no sulco da polia, aumentando o atrito e a capacidade de transmissão de torque. Elas são ideais para aplicações onde a potência a ser transmitida é maior e o espaço é mais restrito.
Entre as vantagens dos sistemas de polias e correias, destacam-se a capacidade de absorver choques e vibrações, o funcionamento silencioso (especialmente com correias trapezoidais), a proteção contra sobrecargas (a correia pode deslizar em caso de bloqueio), e a facilidade de instalação e manutenção. Além disso, permitem uma boa relação custo-benefício em muitas aplicações.
No entanto, esses sistemas também apresentam desvantagens. O deslizamento da correia pode levar à perda de potência e variação na relação de transmissão. A vida útil das correias é limitada e requer substituição periódica, e a transmissão de potência pode ser limitada em comparação com outros sistemas, como as engrenagens, especialmente em altas cargas. A temperatura de operação e a presença de agentes como óleo e umidade também podem afetar a vida útil e o desempenho das correias.Atividade da Etapa 1
Agora que você estudou os principais conceitos de torneamento e fresagem, é hora de demonstrar seu conhecimento! Uma furadeira de bancada é equipada com um sistema de polias escalonadas para a regulagem da rotação do mandril (eixo-árvore), conforme a figura a seguir:
Figura 1: Sistema de transmissão de uma furadeira de bancada
Fonte: o autor.
O motor elétrico da furadeira opera com uma rotação constante de 1750 RPM. Com os dados apresentados, calcule as possíveis rotações que essa furadeira pode ter e complete a tabela a seguir (Não se esqueça de apresentar os cálculos de forma clara e organizada).
POLIA MOTORA | POLIA MOVIDA | RPM MOTOR | RPM MOVIDA | |
RELAÇÃO 01 | ||||
RELAÇÃO 02 | ||||
RELAÇÃO 03 | ||||
RELAÇÃO 04 |
Etapa 2 – Engrenagens e Redutores de Velocidade
Engrenagens são peças com dentes que se encaixam para passar movimento e força de um eixo para outro. Elas são muito importantes na engenharia porque conseguem mudar a velocidade e a força de forma exata. Por exemplo, em vez de um sistema que pode escorregar (como polias e correias), as engrenagens garantem que a velocidade seja sempre a mesma, o que é essencial em máquinas que precisam de muita precisão. Por isso, você as encontra em quase todo lugar: desde relógios pequenos até grandes máquinas de fábricas e carros.
Um tipo muito importante de sistema com engrenagens são os redutores de velocidade. Um redutor é como uma "caixa de câmbio" com engrenagens que serve para diminuir a velocidade de giro de um motor. Ao diminuir a velocidade, ele faz com que a força (torque) no eixo de saída aumente. Isso é fundamental na indústria, porque muitas vezes o motor gira muito rápido, mas a máquina que ele precisa mover exige menos velocidade e muito mais força.
Você encontra redutores de velocidade em muitos lugares, como em esteiras que transportam materiais, em misturadores de produtos, em máquinas que fazem peças e em guinchos que levantam cargas pesadas. Para projetar um bom redutor, é preciso escolher o tipo certo de engrenagem (com dentes retos, helicoidais, ou outros), calcular a relação entre as velocidades que se quer alcançar e ter certeza de que as engrenagens são fortes o suficiente para aguentar o trabalho. A escolha e o cálculo corretos do redutor são muito importantes para que a máquina funcione bem, dure mais e seja mais eficiente.Atividade da Etapa 2
Uma máquina industrial necessita de uma rotação específica em seu eixo de trabalho, que é muito menor do que a rotação do motor elétrico disponível. Para isso, é utilizado um redutor de velocidade composto por duas etapas de engrenagens cilíndricas helicoidais, que garantem um funcionamento suave e eficiente.
O motor elétrico de entrada do sistema opera a uma rotação de 1740 RPM.
Dados do Redutor de Velocidade:
1ª Etapa de Redução:
- Engrenagem Motora (pinhão inicial): possui 20 dentes.
- Engrenagem Movida (coroa intermediária): possui 80 dentes.
2ª Etapa de Redução:
- Engrenagem Motora (pinhão intermediário): possui 25 dentes. (Esta engrenagem está montada no mesmo eixo da coroa intermediária da 1ª etapa).
- Engrenagem Movida (coroa final): possui 100 dentes. (Esta é a engrenagem que aciona o eixo de saída da máquina).
Figura 2: Representação em corte do redutor de velocidade
Fonte: o autor.
- a) Calcule a rotação (RPM) do eixo intermediário do redutor (o eixo onde estão as engrenagens de 80 e 25 dentes).
- b) Calcule a rotação final (RPM) do eixo de saída do redutor (o eixo acionado pela engrenagem de 100 dentes).
- c) Qual é a relação de transmissão total (velocidade do motor / velocidade final da saída) deste redutor?
Em todas as suas respostas, apresente os cálculos de forma clara e organizada.Etapa 3 – Dimensionamento Geométrico de Engrenagens
O projeto de engrenagens vai muito além de simplesmente definir o número de dentes. Para que um par de engrenagens funcione de forma eficiente, silenciosa e com longa vida útil, é fundamental o cálculo preciso de seus parâmetros geométricos. Cada dimensão – desde o tamanho dos dentes até a distância entre os centros dos eixos – é interdependente e crucial para garantir o engrenamento correto e a distribuição uniforme das cargas. Erros no dimensionamento podem levar a ruído excessivo, desgaste prematuro, vibrações indesejáveis e, em casos mais graves, à falha catastrófica do sistema de transmissão.
Nesta etapa, focaremos em conceitos essenciais como o módulo, o diâmetro primitivo, o diâmetro externo, o diâmetro interno e o passo. O módulo é a base de toda a geometria do dente e padroniza o tamanho dos dentes, permitindo que engrenagens diferentes com o mesmo módulo possam se encaixar. O diâmetro primitivo é o círculo teórico onde ocorre o contato perfeito entre os dentes, e sua correta definição é vital para a relação de transmissão.
Compreender como esses parâmetros são interligados e como são calculados é uma habilidade indispensável para qualquer profissional da área mecânica. Este conhecimento permite não apenas projetar novos sistemas, mas também analisar e solucionar problemas em máquinas existentes, otimizando seu desempenho e prolongando sua vida útil no ambiente industrial.Atividade da Etapa 3
Uma nova máquina está sendo projetada e necessita de um sistema de transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes retos para conectar um motor a um eixo de trabalho. Para o bom funcionamento e padronização, foram definidos alguns requisitos iniciais.
Dados do Projeto:
- Módulo (m) = 5 (Este é o valor que define o tamanho do dente e é comum para ambas as engrenagens)
- Engrenagem 1 (Pinhão - motora): Número de dentes (Z1) = 24 dentes
- Engrenagem 2 (Coroa - movida): Número de dentes (Z2) = 48 dentes
Figura 3: Ilustração da montagem das engrenagens
Fonte: o autor.
Para CADA ENGRENAGEM (Engrenagem 1 e Engrenagem 2), calcule os seguintes parâmetros (Não esqueça de apresentar seus cálculos de forma clara e organizada):
- a) Diâmetro Primitivo (dp)
- b) Diâmetro Externo (de)
- c) Diâmetro Interno (di)
- d) Altura do dente (h)
- e) Altura da cabeça do dente (a)
- f) Altura do pé do dente (b)
- g) Passo (P)
- h) Após calcular os parâmetros de cada engrenagem, calcule a Distância entre Centros (d) para que este par de engrenagens possa engrenar corretamente.
VARIÁVEL | ENG 01 | ENG 02 | |
NÚMERO DE DENTES | Z | 24 | 48 |
MÓDULO | m | 5 | |
DIÂMETRO PRIMITIVO | dp | ||
DIÂMETRO EXTERNO | de | ||
DIÂMETRO INTERNO | di | ||
ALTURA DO DENTE | h | ||
ALTURA DA CABEÇA DO DENTE | a | ||
ALTURA DO PÉ DO DENTE | b | ||
PASSO | P | ||
DISTÂNCIA ENTRE CENTROS | d |
Finalização
Parabéns! Você concluiu com sucesso a atividade MAPA da disciplina de Elementos de Máquinas para Transmissão de Movimento.
Ao longo desta jornada, você não apenas revisou conceitos fundamentais sobre polias, correias e engrenagens, mas também aplicou seu conhecimento de forma prática, resolvendo problemas de dimensionamento e cálculo de rotações em sistemas reais. Cada cálculo, cada análise de situação-problema, contribuiu significativamente para o desenvolvimento das suas competências como futuro profissional da área mecânica.
As habilidades que você aprimorou neste MAPA – desde a interpretação de diagramas e dados técnicos até a execução de cálculos precisos e a compreensão da importância de cada componente – são essenciais no dia a dia da indústria. Elas o preparam para projetar, manter e otimizar máquinas e equipamentos, garantindo eficiência, segurança e durabilidade.
Continue dedicando-se aos estudos e buscando o aprimoramento contínuo. O universo da engenharia mecânica é vasto e desafiador, mas com a base sólida que você está construindo, o sucesso será uma consequência natural do seu esforço.
Desejo a você muito sucesso em sua jornada acadêmica e profissional!
Até a próxima!
