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54/2025 - ATIVIDADE DE ESTUDO - SEMANA DE CONHECIMENTOS GERAIS

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54/2025 - ATIVIDADE DE ESTUDO - SEMANA DE CONHECIMENTOS GERAIS

Questão 1

Fica claro que a Cúpula de Johannesburgo orientou sua pauta para um conjunto de reivindicações amplas, abordando necessidades de cunho social e ambiental. [...] Também desperta a atenção o retorno da antiga reivindicação da composição de fundos de financiamento compostos pela destinação de 0,7% do PNB dos países desenvolvidos [...], o que significa, implicitamente, o reconhecimento do fracasso da efetivação dessa proposta ao longo de décadas.

Fonte: DIAS, E. S. Os(des) encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

A análise da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), em Johannesburgo (2002), permite concluir que o evento foi marcado:

Alternativas
Alternativa 1:

Pelo sucesso na implementação das metas da Agenda 21, servindo como uma celebração das conquistas da década anterior.

Alternativa 2:

Pela introdução de metas inovadoras e de um novo paradigma de desenvolvimento, que superou as propostas da Rio-92.

Alternativa 3:

Pela reiteração de metas sociais e ambientais não cumpridas e pelo reconhecimento implícito do fracasso das propostas de financiamento anteriores.

Alternativa 4:

Por um foco restrito em questões puramente ambientais, como biodiversidade e mudanças climáticas, criticado por ignorar a dimensão social.

Alternativa 5:

Pela ausência de participação dos países em desenvolvimento, que se retiraram das negociações por falta de avanços.

Questão 2

O Brasil tem um plano de adaptação climática (PNA), lançado em 2016, que visa orientar iniciativas para gestão e redução dos riscos provenientes dos efeitos adversos das mudanças climáticas. Todavia, até o momento, um planejamento de longo prazo voltado à adaptação climática ainda não ganhou projeção no país como um todo. Entre as razões para esse atraso estão a própria complexidade envolvida na adaptação, as limitações econômicas, institucionais e políticas. [...] A falta de dados e informações úteis e utilizáveis [...] é frequentemente identificada como uma das principais barreiras para o avanço da adaptação.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 11. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O artigo discute a necessidade de o Brasil se adaptar ao novo clima, mas aponta que a implementação de políticas de adaptação enfrenta obstáculos significativos. De acordo com o texto, no que se refere a um dos principais entraves para a efetivação da adaptação climática no país, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

A inexistência de qualquer plano ou estratégia de adaptação em nível nacional, deixando os municípios sem nenhuma orientação.

Alternativa 2:

A forte resistência da população brasileira em aceitar as mudanças climáticas como um problema real, o que impede os governos de agirem.

Alternativa 3:

A constatação de que as vulnerabilidades do Brasil são mínimas, tornando os investimentos em adaptação um gasto desnecessário de recursos públicos.

Alternativa 4:

A completa ausência de conhecimento científico no país sobre os impactos das mudanças climáticas, o que impede a formulação de qualquer política.

Alternativa 5:

A combinação de fatores como a complexidade do tema, limitações institucionais e políticas, e a dificuldade em converter informações técnico-científicas em ações práticas.

Questão 3

Assim, o texto (da Agenda 21) assinala que alguns países concordaram em assumir o ano 2000 como prazo limite para cumprir a meta [de 0.7% do PNB], ao mesmo tempo resguarda a posição isolada dos Estados Unidos, que se recusaram a assumir qualquer compromisso em torno da meta de 0.7%, tal como haviam feito em 1970, e, simplesmente, concordaram em fazer os 'melhores esforços' para elevar seus níveis de Official Development Assistance (ODA), sem qualquer prazo ou percentual definido.

Referência: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Considerando a posição dos Estados Unidos nas negociações ambientais, conforme exemplificado no trecho sobre a Agenda 21, no que é caracterizada, historicamente, a postura do país, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

Liderança e proatividade, sendo o primeiro país a propor e a cumprir metas ambiciosas de financiamento e redução de emissões.

Alternativa 2:

Adesão incondicional às propostas dos países em desenvolvimento, buscando sempre atender às suas demandas por recursos financeiros e tecnologia.

Alternativa 3:

Uma relutância em aceitar compromissos quantitativos e prazos definidos, especialmente em relação ao financiamento, optando por declarações de intenção vagas.

Alternativa 4:

Alinhamento automático com os países europeus, formando um bloco coeso para pressionar os países do G-77 a assumirem mais responsabilidades.

Alternativa 5:

Neutralidade e indiferença, não participando ativamente das negociações e deixando a cargo da ONU a formulação dos acordos.

Questão 4

A perda de vegetação nativa reduz a evapotranspiração e a formação de núcleos de condensação de nuvens, processos biofísicos essenciais mantidos pela floresta. A Amazônia, por exemplo, libera para a atmosfera cerca de 20 bilhões de toneladas de água por dia na forma de vapor. A interrupção desse ciclo hidrometeorológico altera a dinâmica de precipitação não apenas na escala local.

​Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

​I. O desmatamento em larga escala na Amazônia tem potencial apenas para desencadear crises locais.

PORQUE

II. A floresta em pé é responsável pela geração de "rios voadores", que são fluxos atmosféricos de vapor de água cruciais para a manutenção do regime de chuvas em outros biomas.

​A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Alternativa 2:

As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

Alternativa 3:

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

Alternativa 4:

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

Alternativa 5:

As asserções I e II são falsas.

Questão 5
O conceito de hotspot de biodiversidade, proposto por Norman Myers e adotado pela Conservation International (2000), refere-se a áreas prioritárias para a conservação que apresentam alta riqueza de espécies endêmicas e que já perderam, pelo menos, 70% de sua vegetação original. O Brasil, por ser um dos países mais megadiversos do mundo, abriga alguns desses hotspots, que se encontram sob intensa pressão antrópica e demandam ações urgentes de preservação.

Fonte: ​CONSERVATION INTERNATIONAL. Biodiversity Hotspots. Arlington: Conservation International, 2000.

​Com base no conceito de hotspot de biodiversidade, assinale a alternativa correta que apresenta dois biomas brasileiros reconhecidos internacionalmente como hotspots:
Alternativas
Alternativa 1:

Amazônia e Pantanal.

Alternativa 2:

Amazônia e Caatinga.

Alternativa 3:

Cerrado e Mata Atlântica.

Alternativa 4:

Amazônia e Cerrado.

Alternativa 5:

Caatinga e Pampa.

Questão 6

O Brasil tem importantes vantagens estratégicas na área energética, pois uma parcela significativa de nossa matriz energética vem de fontes renováveis, como a hidroeletricidade e biocombustíveis, e possuímos grande potencial de utilização das energias eólica (onshore e offshore) e solar. Entretanto, as emissões de GEE do setor energético brasileiro dobraram de 1990 a 2019, devido ao aumento da queima de combustíveis fósseis, para geração por termelétricas. Ao mesmo tempo e na direção oposta, há interesse crescente na incorporação de novas parcelas de combustíveis fósseis, especialmente de gás natural e petróleo oriundos da exploração do pré-sal.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 6. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia uma contradição na política energética brasileira. Com base na leitura do artigo, quanto a análise que descreve os desafios e paradoxos do setor energético do Brasil no contexto das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

A matriz energética brasileira é quase inteiramente baseada em combustíveis fósseis, sem potencial significativo para a geração de energias renováveis.

Alternativa 2:

As emissões do setor energético brasileiro estão em queda acentuada desde 1990, graças à substituição total das termelétricas por usinas hidrelétricas.

Alternativa 3:

O Brasil já concluiu sua transição energética para fontes eólica e solar, eliminando completamente o uso de hidrelétricas e de combustíveis fósseis em sua matriz.

Alternativa 4:

A geração hidrelétrica é a única fonte de energia renovável do Brasil e não apresenta nenhuma vulnerabilidade às mudanças climáticas, garantindo a segurança energética do país.

Alternativa 5:

Apesar de possuir uma matriz energética com forte base renovável e grande potencial de expansão, o Brasil enfrenta o desafio de um aumento nas emissões do setor devido à maior dependência de termelétricas e ao investimento em combustíveis fósseis.

Questão 7

Em 2016, o Brasil ratificou o Acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, e 43% até 2030, em comparação com emissões verificadas em 2005, e eliminar o desmatamento ilegal da Amazônia. O país também se comprometeu a aumentar a participação da bioenergia na sua matriz energética para 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 4. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

Considerando os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Acordo de Paris, descritos no texto, e as informações do artigo sobre a trajetória recente das emissões, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

O Brasil tem cumprido suas metas de forma exemplar, com uma trajetória de queda contínua das emissões de GEE desde a ratificação do acordo.

Alternativa 2:

Os compromissos assumidos focam exclusivamente na transição da matriz energética, deixando de lado metas relacionadas ao uso do solo e às florestas.

Alternativa 3:

As metas de reflorestamento e restauração de florestas são as únicas obrigações do país, refletindo a vocação exclusivamente florestal da economia brasileira.

Alternativa 4:

Apesar dos compromissos firmados para reduzir as emissões, dados recentes indicam uma tendência de crescimento das emissões de GEE no país desde 2011.

Alternativa 5:

O Acordo de Paris impõe ao Brasil a obrigação de abandonar o agronegócio e focar apenas na bioeconomia de floresta em pé.

Questão 8

A novidade deste evento [Rio+20] se constitui na divulgação da chamada 'economia verde', que mais aparenta ser uma estratégia de marketing para renovar o desgastado termo 'desenvolvimento sustentável'. [...] A ex-ministra (Marina Silva) apenas exteriorizou o que era corrente muito antes de acontecer o evento e que ficou evidente durante o mesmo [...]: os centros econômicos do capitalismo mundial [...] passam por grave crise econômica e financeira [...]. Nesse contexto, as questões socioambientais não ocupam [...] uma posição prioritária na agenda internacional de fato.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base na avaliação da Rio+20 apresentada no texto, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

O conceito de 'economia verde' foi uma inovação conceitual robusta que conseguiu superar as ambiguidades do 'desenvolvimento sustentável'.

Alternativa 2:

A conferência obteve sucesso ao garantir novos e vultosos compromissos financeiros, aproveitando a crise econômica para reformular o sistema financeiro global.

Alternativa 3:

O evento representou um avanço significativo, com a presença de todos os principais líderes mundiais, como Barack Obama e Angela Merkel, que lideraram as negociações.

Alternativa 4:

A crise financeira global de 2008 teve um impacto negativo direto no evento, relegando as pautas socioambientais a um segundo plano e contribuindo para seu esvaziamento político.

Alternativa 5:

A avaliação geral dos resultados por parte de ambientalistas e diplomatas foi unânime em celebrar o documento final 'O futuro que queremos' como um grande progresso.

Questão 9

A Conferência de Estocolmo realizou-se sob influência de reuniões preparatórias e outros eventos ocorridos anteriormente. Merece destaque a divulgação do relatório "The limits to growth", preparado por um grupo interdisciplinar do Massachusets Institute of Technology (MIT) para o Clube de Roma que, baseando-se numa perspectiva neomalthusiana, alertava para o risco do crescimento populacional intenso como o mais grave fator de comprometimento dos recursos naturais disponíveis.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base no texto, a Conferência de Estocolmo de 1972 foi um marco no debate ambiental, influenciada por uma visão que:

Alternativas
Alternativa 1:

Priorizava o desenvolvimento econômico dos países do Terceiro Mundo como solução para a degradação ambiental.

Alternativa 2:

Ignorava os limites dos recursos naturais, focando exclusivamente na contenção da poluição industrial nos países desenvolvidos.

Alternativa 3:

Atribuía a responsabilidade principal pela crise ambiental ao crescimento populacional nos países pobres, em uma perspectiva neomalthusiana.

Alternativa 4:

Propunha um modelo de governança global em que a ONU teria poder para impor sanções econômicas a países poluidores.

Alternativa 5:

Estabeleceu as bases do conceito de 'economia verde', buscando conciliar o lucro das corporações com a preservação ambiental.

Questão 10

O Brasil tem vantagens estratégicas enormes, como a possibilidade de reduzir fortemente as emissões de gases de efeito estufa, com ganhos importantes para a sociedade. Temos um potencial de geração de energia solar e eólica que nenhum outro país possui. Mas também temos vulnerabilidades, como um agronegócio dependente do clima e a geração de hidroeletricidade dependente da chuva. Ainda, temos também 8.500km de áreas costeiras sensíveis ao aumento do nível do mar, e áreas urbanas vulneráveis a eventos climáticos extremos.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 1. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia um paradoxo na posição do Brasil frente à crise climática: o país possui tanto vantagens estratégicas quanto vulnerabilidades significativas. Com base na leitura integral do artigo, quanto à principal vulnerabilidade do modelo econômico brasileiro, que o torna suscetível aos impactos das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

Forte dependência da queima de combustíveis fósseis para a matriz energética, tornando a economia refém da variação do preço do petróleo.

Alternativa 2:

Baixa diversidade de biomas, o que impede a adaptação de culturas agrícolas a novas condições climáticas e limita os serviços ecossistêmicos.

Alternativa 3:

Extrema dependência dos setores do agronegócio e da geração de energia hidrelétrica, ambos diretamente afetados por alterações nos padrões de chuva.

Alternativa 4:

Localização geográfica em altas latitudes, o que torna o território nacional mais suscetível ao derretimento de calotas polares e ao frio extremo.

Alternativa 5:

Industrialização tardia e pouco diversificada, concentrada em setores de baixa tecnologia que não conseguem competir no mercado global de baixo carbono.

1 QUESTÃO

 

Em 2016, o Brasil ratificou o Acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir suas emissões de

gases de efeito estufa em 37% até 2025, e 43% até 2030, em comparação com emissões

verificadas em 2005, e eliminar o desmatamento ilegal da Amazônia. O país também se

comprometeu a aumentar a participação da bioenergia na sua matriz energética para 18% até

2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma

participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 4. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

Considerando os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Acordo de Paris,

descritos no texto, e as informações do artigo sobre a trajetória recente das emissões,

assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

O Brasil tem cumprido suas metas de forma exemplar, com uma trajetória de queda

contínua das emissões de GEE desde a ratificação do acordo.

Os compromissos assumidos focam exclusivamente na transição da matriz energética,

deixando de lado metas relacionadas ao uso do solo e às florestas.

As metas de reflorestamento e restauração de florestas são as únicas obrigações do país,

refletindo a vocação exclusivamente florestal da economia brasileira.

Apesar dos compromissos firmados para reduzir as emissões, dados recentes indicam

uma tendência de crescimento das emissões de GEE no país desde 2011.

O Acordo de Paris impõe ao Brasil a obrigação de abandonar o agronegócio e focar

apenas na bioeconomia de floresta em pé.

 

2a QUESTÃO

 

O Brasil tem importantes vantagens estratégicas na área energética, pois uma parcela

significativa de nossa matriz energética vem de fontes renováveis, como a hidroeletricidade e

biocombustíveis, e possuímos grande potencial de utilização das energias eólica (onshore e

offshore) e solar. Entretanto, as emissões de GEE do setor energético brasileiro dobraram de

1990 a 2019, devido ao aumento da queima de combustíveis fósseis, para geração por

termelétricas. Ao mesmo tempo e na direção oposta, há interesse crescente na incorporação

de novas parcelas de combustíveis fósseis, especialmente de gás natural e petróleo oriundos

da exploração do pré-sal.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 6. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia uma contradição na política energética brasileira. Com base na leitura do

artigo, quanto a análise que descreve os desafios e paradoxos do setor energético do Brasil

no contexto das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

A matriz energética brasileira é quase inteiramente baseada em combustíveis fósseis,

sem potencial significativo para a geração de energias renováveis.

As emissões do setor energético brasileiro estão em queda acentuada desde 1990,

graças à substituição total das termelétricas por usinas hidrelétricas.

O Brasil já concluiu sua transição energética para fontes eólica e solar, eliminando

completamente o uso de hidrelétricas e de combustíveis fósseis em sua matriz.

A geração hidrelétrica é a única fonte de energia renovável do Brasil e não apresenta

nenhuma vulnerabilidade às mudanças climáticas, garantindo a segurança energética do

país.

Apesar de possuir uma matriz energética com forte base renovável e grande potencial de

expansão, o Brasil enfrenta o desafio de um aumento nas emissões do setor devido à maior

dependência de termelétricas e ao investimento em combustíveis fósseis.

 

3 QUESTÃO

 

O desmatamento e a degradação da floresta, associadas a mudanças climáticas globais e,

em especial, o aumento da frequência e intensidade de queimadas e da ocorrência de secas

extremas, aproximam a Amazônia de um ponto de não-retorno. Ou seja, uma mudança abrupta

nos estados e funcionamento da floresta, que terá impactos importantes sobre o clima do

Brasil e do planeta. A ciência não conhece exatamente onde estão estes chamados "tipping

points", mas podemos já estar a meio caminho destes pontos de não retorno, e todo o cuidado

é necessário.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 11. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O artigo introduz o conceito de "ponto de não-retorno" (tipping point) para a Amazônia, um

alerta sobre um risco sistêmico grave. De acordo com o texto, quanto ao significado desse

fenômeno, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

O estágio final de um desenvolvimento planejado para a região, onde a floresta é

substituída por atividades econômicas mais lucrativas, sem impactos climáticos

A completa erradicação do desmatamento ilegal na Amazônia, marcando um ponto de

virada positivo e definitivo nas políticas ambientais do Brasil.

Uma alteração abrupta e potencialmente irreversível no funcionamento do ecossistema,

causada pela sinergia entre o desmatamento local e as mudanças climáticas globais, com

graves consequências para o clima regional e planetário.

Uma degradação temporária da floresta que pode ser facilmente revertida com projetos

de reflorestamento, mesmo que o desmatamento e as queimadas continuem em outras

áreas.

O momento em que o aquecimento global será totalmente revertido graças à capacidade

da Amazônia de absorver todo o excesso de CO2 da atmosfera.

 

O momento em que o aquecimento global será totalmente revertido graças à capacidade

da Amazônia de absorver todo o excesso de CO2 da atmosfera.

 

4 QUESTÃO

 

"A concepção e o uso corrente da palavra 'desenvolvimento sustentável' podem ser tomados

como exemplo de institucionalização de um conceito [...]. Frequentemente é empregado de

maneira pouco crítica ou reflexiva quanto ao próprio significado. [...] Rodrigues (2006) chega

mesmo a situá-lo como uma tentativa de legitimação da continuidade de uma sociedade

baseada na desigualdade social, contribuindo para a omissão quanto às contradições

insuperáveis do modo capitalista de produção" (Dias, 2017, p. 33).

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Considerando a análise crítica sobre o conceito de 'desenvolvimento sustentável' apresentada

no texto, analise as afirmativas a seguir:

  1. O conceito é amplamente aceito e utilizado de forma consensual, sem questionamentos

significativos nos âmbitos político e acadêmico.

  1. A crítica ao conceito aponta que ele pode mascarar as contradições do capitalismo, focando

em um uso 'mais racional' dos recursos sem questionar o modo de produção.

III. A definição mais famosa do conceito, presente no relatório 'Nosso Futuro Comum', propõe

atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

É correto o que se afirma em:

 

ALTERNATIVAS

I, apenas.

III, apenas.

I e II, apenas.

II e III, apenas.

I, II e III.

 

5 QUESTÃO

 

O principal impasse encontra-se no fato da ONU lançar o objetivo de apenas atenuar os efeitos

'danosos ao meio ambiente' resultantes do capitalismo, ou, quem sabe, conciliar a busca da

ampliação de capital com a preservação ambiental em todas as escalas, tornando-a um

negócio rentável. [...] A contradição explícita está na tentativa de superação dos problemas de

ordem ambiental sem apontar para uma radical revisão da atual composição societária,

reservando-se, quando muito, a reivindicar apenas 'correções de rumos' nos projetos

econômicos.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Quanto à tese central do autor para explicar o fracasso recorrente dos encontros internacionais

sobre meio ambiente, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

A ONU carece de especialistas qualificados e de organização logística para promover

eventos eficazes e com resultados concretos.

Os países em desenvolvimento são os principais responsáveis pela degradação

ambiental e se recusam a adotar modelos de produção mais limpos.

A falta de participação das ONGs e dos movimentos sociais impede que as conferências

tenham legitimidade e apoio popular para suas propostas.

O problema reside na falta de vontade política dos líderes mundiais, que poderiam, se

quisessem, implementar todas as propostas acordadas.

A contradição fundamental é tentar resolver a crise ambiental dentro da lógica do próprio

sistema capitalista que a gera, buscando apenas atenuar seus efeitos sem questionar suas

bases.

 

6 QUESTÃO

 

O Cerrado exerce papel fundamental na regulação climática do Brasil. A conversão de sua

vegetação nativa em pastagens e monoculturas altera o balanço de energia da superfície,

afetando tanto a biodiversidade quanto a disponibilidade hídrica, comprometendo a

sustentabilidade agrícola e ecológica.

Fonte: CONSERVATION INTERNATIONABL.iodiversity Hotspots. Arlington: Conservation

International, 2000.

No contexto da relação entre uso do solo e alterações climáticas no Cerrado, qual alternativa

expressa corretamente os impactos do desmatamento sobre a temperatura?

 

ALTERNATIVAS

O desmatamento reduz a evapotranspiração, promovendo maior aquecimento da

superfície terrestre.

A manutenção de remanescentes nativos intensifica o aquecimento local, pois reduz o

albedo da superfície.

A conversão de áreas de Cerrado em monoculturas aumenta a umidade atmosférica e

diminui a temperatura.

A substituição da vegetação nativa por pastagens aumenta a infiltração de água no solo,

reduzindo a temperatura.

O desmatamento não tem relação direta com variações de temperatura, sendo apenas

um fenômeno de perda de biodiversidade.

 

7 QUESTÃO

 

O Código Florestal Brasileiro (Lei no 12.651/2012) estabelece normas para a proteção da

vegetação nativa, regulamentando Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas

Legais e o uso sustentável dos recursos naturais. No entanto, sua aplicação tem sido alvo de

flexibilizações, permitindo a redução de exigências de conservação e anistia a desmatamentos

passados. Esse processo gera controvérsias, pois enquanto facilita a expansão agrícola e o

uso econômico da terra, pode comprometer a conservação ambiental e os serviços

ecossistêmicos essenciais, como regulação hídrica e climática.

Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 3

out. 2025.

Considerando os efeitos da flexibilização do Código Florestal, assinale a alternativa correta

que expressa uma de suas consequências ambientais:

 

ALTERNATIVAS

A flexibilização fortalece a conservação da biodiversidade ao aumentar a extensão das

APPs.

A anistia a desmatamentos anteriores reduz a efetividade da proteção ambiental prevista

no Código.

A flexibilização contribui para maior conectividade de habitats naturais, evitando

fragmentação.

A diminuição das exigências de Reserva Legal não altera a dinâmica climática ou

hidrológica regional.

A redução de áreas protegidas assegura equilíbrio entre conservação e expansão

agrícola sem impactos ambientais.

8 QUESTÃO

 

O “arco do desmatamento” é a faixa de transição entre o cerrado e a floresta amazônica que

concentra as maiores taxas de desmatamento no Brasil. A expansão agropecuária nessa

região impulsiona o avanço da fronteira agrícola sobre áreas florestadas, provocando

desequilíbrios ecológicos e afetando a dinâmica climática regional.

Fonte: MOUTINHO, P.; SCHWARTZMAN, ST.ropical deforestation and climate change.

Belém: IPAM, 2005.

Sobre o arco do desmatamento e seus efeitos, analise as afirmativas a seguir:

  1. A fronteira agrícola avança sobre o bioma amazônico, afetando diretamente a biodiversidade

da região.

  1. O desmatamento nessa região pode comprometer os chamados “rios voadores”, afetando o

regime de chuvas em outras áreas do Brasil.

III. A conversão de florestas em pastagens contribui para a emissão de gases de efeito estufa.

  1. Os impactos climáticos associados ao desmatamento no arco tendem a permanecer

restritos à escala local, sem alterar padrões regionais de circulação de umidade.

É correto o que se afirma em:

 

ALTERNATIVAS

I, apenas.

II e IV, apenas.

III e IV, apenas.

I, II e III, apenas.

I, II, III e IV.

 

9 QUESTÃO

 

O Licenciamento Ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. Ele

estabelece as condições para que atividades potencialmente poluidoras possam ser

instaladas e operadas sem causar danos ao meio ambiente. As flexibilizações recentes desse

instrumento geraram polêmica entre setores ambientais e econômicos.

Fonte: BRASIL.Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em:

3 out. 2025.

Sobre o licenciamento ambiental, analise as afirmativas a seguir:

  1. O licenciamento é um mecanismo preventivo que visa evitar danos ambientais.
  2. As flexibilizações no licenciamento podem enfraquecer o controle sobre impactos ambientais

de grandes obras.

III. O licenciamento é obrigatório apenas para empreendimentos públicos.

  1. A ausência de licenciamento pode resultar em degradação irreversível de ecossistemas.

É correto o que se afirma em:

 

ALTERNATIVAS

I, apenas.

II e IV, apenas.

III e IV, apenas

I, II e IV, apenas.

I, II, III e IV.

 

10 QUESTÃO

 

A perda de vegetação nativa reduz a evapotranspiração e a formação de núcleos de

condensação de nuvens, processos biofísicos essenciais mantidos pela floresta. A Amazônia,

por exemplo, libera para a atmosfera cerca de 20 bilhões de toneladas de água por dia na

forma de vapor. A interrupção desse ciclo hidrometeorológico altera a dinâmica de

precipitação não apenas na escala local.

Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta

entre elas:

  1. O desmatamento em larga escala na Amazônia tem potencial apenas para desencadear

crises locais.

PORQUE

  1. A floresta em pé é responsável pela geração de "rios voadores", que são fluxos atmosféricos

de vapor de água cruciais para a manutenção do regime de chuvas em outros biomas.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

As asserções I e II são falsas.

 

11 QUESTÃO

 

Cerca de 84% de nossa população vive em áreas urbanas em 2022. Muitas de nossas

cidades concentram áreas altamente suscetíveis aos impactos mais severos das alterações

climáticas, como elevação do nível médio do mar (em cidades costeiras) e eventos extremos

de precipitação (inundações) e intensificação do aumento da temperatura pela ilha de calor

urbana. [...] As consequências do descaso com a infraestrutura associada à cobertura vegetal

e recursos hídricos, que modulam o clima urbano, tendem a agravar episódios recorrentes de

inundações e alagamentos severos, ondas de calor e baixa qualidade do ar.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 8-9. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

A alta concentração populacional em áreas urbanas no Brasil potencializa os impactos das

mudanças climáticas. De acordo com o artigo, no que devem priorizar as estratégias de

mitigação e adaptação nos centros urbanos, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

A construção de barreiras de contenção no litoral como única medida de adaptação,

negligenciando outros riscos como ondas de calor e qualidade do ar.

O incentivo ao transporte individual motorizado para garantir a mobilidade da população

durante eventos climáticos extremos, como inundações.

A consideração integrada de múltiplos aspectos, como planejamento urbano, mobilidade

sustentável, conforto térmico, saúde e preservação de áreas verdes e recursos hídricos.

A expansão da urbanização desordenada, pois ela permite que mais pessoas tenham

acesso à infraestrutura e aos serviços básicos, reduzindo a vulnerabilidade geral.

A transferência da responsabilidade pela adaptação para os governos federais, uma vez

que os municípios não possuem capacidade de tratar da infraestrutura e legislação

urbanística.

 

12 QUESTÃO

 

Cerca de 60% das doenças infecciosas circulam entre animais e humanos (zoonoses) e

estima-se que 72% dessas sejam causadas por patógenos com origem na vida silvestre. [...]

As alterações ambientais, incluindo as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade, são

fatores determinantes para a emergência de doenças oriundas de animais silvestres. [...] A

Organização Mundial da Saúde (OMS) estruturou o conceito "One World, One Health" (Um

Mundo, Uma Saúde), que integra políticas de saúde humana, animal e ambiental.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 8. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

 

O texto-base discute a interconexão entre saúde e meio ambiente, um dos pontos de alerta do

artigo. Com base nessa perspectiva, a relação entre a crise climática, a perda de

biodiversidade e a saúde pública no Brasil é caracterizada pelo fato de que:

 

ALTERNATIVAS

O principal impacto do clima na saúde é o estresse térmico em áreas urbanas, não

havendo evidências que o conectem ao surgimento de novas epidemias.

O aquecimento global tende a reduzir a proliferação de vetores de doenças tropicais,

como o mosquito da dengue, diminuindo a preocupação com arboviroses.

As doenças que afetam os animais silvestres não representam risco para a saúde

humana, pois existe uma barreira biológica que impede a transmissão de patógenos entre

espécies distintas.

A saúde dos ecossistemas e a saúde humana são esferas independentes, e a

emergência de novas doenças infecciosas deve ser tratada apenas com investimentos no

sistema de saúde.

A degradação de ecossistemas e a perda de biodiversidade, intensificadas pelas

mudanças climáticas, aumentam o risco de emergência de zoonoses, demandando uma

abordagem integrada de saúde, como o conceito de "One Health".

 

13 QUESTÃO

 

A construção de uma sociedade minimamente sustentável requererá grandes esforços da

sociedade, em todos os setores, com forte colaboração entre a ciência e os formuladores de

políticas públicas. [...] Neste sentido, alguns tópicos requerem atenção especial: [...] trabalhar

com o conceito de "justiça climática", desenvolvendo estratégias que minimizem os impactos

na população menos favorecida.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 12-13. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

Ao propor caminhos para o Brasil enfrentar a crise climática, o artigo enfatiza uma abordagem

multifacetada. Com base na visão do autor, a construção de um futuro sustentável para o país

depende fundamentalmente de:

 

ALTERNATIVAS

Uma forte colaboração entre a ciência e os formuladores de políticas públicas, aliada a

estratégias que incorporem o conceito de "justiça climática" para proteger as populações

mais vulneráveis.

Aguardar as decisões e o financiamento de países desenvolvidos, uma vez que o Brasil

não tem responsabilidade histórica na crise climática.

Priorizar exclusivamente o desenvolvimento tecnológico em laboratório, deixando a

implementação das políticas e as questões sociais para um segundo momento.

Adoção de políticas baseadas em interesses econômicos de curto prazo,

desconsiderando os alertas da comunidade científica sobre os riscos futuros.

Implementar o conceito de "justiça climática" por meio da responsabilização dos grupos

sociais mais pobres, que são os maiores causadores da degradação ambiental.

 

14 QUESTÃO

 

O conceito de hotspot de biodiversidade, proposto por Norman Myers e adotado pela

Conservation International (2000), refere-se a áreas prioritárias para a conservação que

apresentam alta riqueza de espécies endêmicas e que já perderam, pelo menos, 70% de sua

vegetação original. O Brasil, por ser um dos países mais megadiversos do mundo, abriga

alguns desses hotspots, que se encontram sob intensa pressão antrópica e demandam ações

urgentes de preservação.

Fonte: CONSERVATION INTERNATIONABL.iodiversity Hotspots. Arlington: Conservation

International, 2000.

Com base no conceito de hotspot de biodiversidade, assinale a alternativa correta que

apresenta dois biomas brasileiros reconhecidos internacionalmente como hotspots:

 

ALTERNATIVAS

Amazônia e Pantanal.

Amazônia e Caatinga.

Cerrado e Mata Atlântica.

Amazônia e Cerrado.

Caatinga e Pampa.

 

15 QUESTÃO

 

O licenciamento ambiental, enquanto instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente,

cumpriu historicamente uma função protetiva, estabelecendo um recurso fundamental de

responsabilidade e reparação de possíveis danos que a natureza pudesse vir a sofrer em

virtude da ação humana. No entanto, o Projeto de Lei (PL) 3729/2004 propõe uma

flexibilização desse mecanismo, estabelecendo novas regras gerais que dispensam a licença

para uma série de atividades.

O projeto prevê a isenção de licenciamento para obras de saneamento básico, manutenção de

estradas, distribuição de energia de baixa tensão e atividades agropecuárias para

proprietários inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os autores do artigo que serve

como referência para essa questão argumentam que tais mudanças facilitam as concessões

de licenças, fazendo com que o processo perca seu caráter analítico e se transforme em mera

formalidade documental. A consequência apontada é o aumento da insegurança jurídica e um

retrocesso no cenário sustentável nacional, atendendo principalmente a interesses do

empresariado em detrimento da proteção ambiental.

Fonte: adaptado de: COSTA, J. T. F.; COSTA, V. S. A flexibilização do licenciamento

ambiental no Brasil: e o desmonte das políticas de proteção ao meio ambiente.Brazilian

Journal of Development, Curitiba, v. 8, n. 2, p. 10187-10199, fev. 2022.

Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação

proposta entre elas:

  1. A flexibilização do licenciamento ambiental, conforme proposta no PL 3729/2004, isenta

atividades com potencial poluidor, como obras de saneamento e a pecuária, da necessidade

de licenciamento, o que representa uma mudança significativa em relação ao procedimento

administrativo que visa controlar os impactos de empreendimentos no meio ambiente.

PORQUE

  1. O licenciamento ambiental tradicional é composto por três fases sucessivas e obrigatórias —

Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) —, cuja sequência

rígida é o principal foco de desburocratização do novo projeto de lei, que busca apenas agilizar

o processo sem alterar as atividades que necessitam de controle.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

 

ALTERNATIVAS

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da

I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

As asserções I e II são proposições falsas

 

16 QUESTÃO

 

O Brasil tem um plano de adaptação climática (PNA), lançado em 2016, que visa orientar

iniciativas para gestão e redução dos riscos provenientes dos efeitos adversos das mudanças

climáticas. Todavia, até o momento, um planejamento de longo prazo voltado à adaptação

climática ainda não ganhou projeção no país como um todo. Entre as razões para esse atraso

estão a própria complexidade envolvida na adaptação, as limitações econômicas,

institucionais e políticas. [...] A falta de dados e informações úteis e utilizáveis [...] é

frequentemente identificada como uma das principais barreiras para o avanço da adaptação.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 11. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O artigo discute a necessidade de o Brasil se adaptar ao novo clima, mas aponta que a

implementação de políticas de adaptação enfrenta obstáculos significativos. De acordo com o

texto, no que se refere a um dos principais entraves para a efetivação da adaptação climática

no país, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

A inexistência de qualquer plano ou estratégia de adaptação em nível nacional, deixando

os municípios sem nenhuma orientação.

A forte resistência da população brasileira em aceitar as mudanças climáticas como um

problema real, o que impede os governos de agirem.

A constatação de que as vulnerabilidades do Brasil são mínimas, tornando os

investimentos em adaptação um gasto desnecessário de recursos públicos.

A completa ausência de conhecimento científico no país sobre os impactos das mudanças

climáticas, o que impede a formulação de qualquer política.

A combinação de fatores como a complexidade do tema, limitações institucionais e

políticas, e a dificuldade em converter informações técnico-científicas em ações práticas.

 

17 QUESTÃO

 

A Conferência de Estocolmo realizou-se sob influência de reuniões preparatórias e outros

eventos ocorridos anteriormente. Merece destaque a divulgação do relatório "The limits to

growth", preparado por um grupo interdisciplinar do Massachusets Institute of Technology

(MIT) para o Clube de Roma que, baseando-se numa perspectiva neomalthusiana, alertava

para o risco do crescimento populacional intenso como o mais grave fator de

comprometimento dos recursos naturais disponíveis.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base no texto, a Conferência de Estocolmo de 1972 foi um marco no debate ambiental,

influenciada por uma visão que:

 

ALTERNATIVAS

Priorizava o desenvolvimento econômico dos países do Terceiro Mundo como solução

para a degradação ambiental.

Ignorava os limites dos recursos naturais, focando exclusivamente na contenção da

poluição industrial nos países desenvolvidos.

Atribuía a responsabilidade principal pela crise ambiental ao crescimento populacional

nos países pobres, em uma perspectiva neomalthusiana.

Propunha um modelo de governança global em que a ONU teria poder para impor

sanções econômicas a países poluidores.

Estabeleceu as bases do conceito de 'economia verde', buscando conciliar o lucro das

corporações com a preservação ambiental.

 

18 QUESTÃO

 

A novidade deste evento [Rio+20] se constitui na divulgação da chamada 'economia verde',

que mais aparenta ser uma estratégia de marketing para renovar o desgastado termo

'desenvolvimento sustentável'. [...] A ex-ministra (Marina Silva) apenas exteriorizou o que era

corrente muito antes de acontecer o evento e que ficou evidente durante o mesmo [...]: os

centros econômicos do capitalismo mundial [...] passam por grave crise econômica e

financeira [...]. Nesse contexto, as questões socioambientais não ocupam [...] uma posição

prioritária na agenda internacional de fato.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base na avaliação da Rio+20 apresentada no texto, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

O conceito de 'economia verde' foi uma inovação conceitual robusta que conseguiu

superar as ambiguidades do 'desenvolvimento sustentável'.

A conferência obteve sucesso ao garantir novos e vultosos compromissos financeiros,

aproveitando a crise econômica para reformular o sistema financeiro global.

O evento representou um avanço significativo, com a presença de todos os principais

líderes mundiais, como Barack Obama e Angela Merkel, que lideraram as negociações.

A crise financeira global de 2008 teve um impacto negativo direto no evento, relegando as

pautas socioambientais a um segundo plano e contribuindo para seu esvaziamento político.

A avaliação geral dos resultados por parte de ambientalistas e diplomatas foi unânime em

celebrar o documento final 'O futuro que queremos' como um grande progresso.

 

19 QUESTÃO

 

Assim, o texto (da Agenda 21) assinala que alguns países concordaram em assumir o ano

2000 como prazo limite para cumprir a meta [de 0.7% do PNB], ao mesmo tempo resguarda a

posição isolada dos Estados Unidos, que se recusaram a assumir qualquer compromisso em

torno da meta de 0.7%, tal como haviam feito em 1970, e, simplesmente, concordaram em

fazer os 'melhores esforços' para elevar seus níveis de Official Development Assistance

(ODA), sem qualquer prazo ou percentual definido.

Referência: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência

de Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Considerando a posição dos Estados Unidos nas negociações ambientais, conforme

exemplificado no trecho sobre a Agenda 21, no que é caracterizada, historicamente, a postura

do país, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

Liderança e proatividade, sendo o primeiro país a propor e a cumprir metas ambiciosas

de financiamento e redução de emissões.

Adesão incondicional às propostas dos países em desenvolvimento, buscando sempre

atender às suas demandas por recursos financeiros e tecnologia.

Uma relutância em aceitar compromissos quantitativos e prazos definidos, especialmente

em relação ao financiamento, optando por declarações de intenção vagas.

Alinhamento automático com os países europeus, formando um bloco coeso para

pressionar os países do G-77 a assumirem mais responsabilidades.

Neutralidade e indiferença, não participando ativamente das negociações e deixando a

cargo da ONU a formulação dos acordos.

 

20 QUESTÃO

O Código Florestal Brasileiro (Lei no 12.651/2012) determina a existência de Áreas de

Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais como instrumentos fundamentais de

conservação ambiental. A sua eficácia, no entanto, depende da fiscalização, da

responsabilização por infrações e do comprometimento dos proprietários rurais em cumprir a

legislação.

Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 3

out. 2025.

Sobre os instrumentos de proteção previstos no Código Florestal, analise as afirmativas a

seguir:

  1. As APPs são destinadas à preservação de áreas sensíveis como nascentes e encostas de

morros.

  1. A Reserva Legal pode ser totalmente desmatada se o proprietário apresentar justificativa

econômica.

III. No caso da Reserva Legal, a legislação prevê percentuais mínimos de cobertura vegetal a

serem mantidos conforme o bioma.

  1. Além do Código Florestal, a eficácia da proteção da natureza depende de mecanismos de

fiscalização e controle.

É correto o que se afirma em:

 

ALTERNATIVAS

I, apenas.

II e IV, apenas.

III e IV, apenas.

I, III e IV, apenas.

I, II, III e IV.

 

21 QUESTÃO

 

O Brasil tem vantagens estratégicas enormes, como a possibilidade de reduzir fortemente as

emissões de gases de efeito estufa, com ganhos importantes para a sociedade. Temos um

potencial de geração de energia solar e eólica que nenhum outro país possui. Mas também

temos vulnerabilidades, como um agronegócio dependente do clima e a geração de

hidroeletricidade dependente da chuva. Ainda, temos também 8.500km de áreas costeiras

sensíveis ao aumento do nível do mar, e áreas urbanas vulneráveis a eventos climáticos

extremos.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 1. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia um paradoxo na posição do Brasil frente à crise climática: o país possui tanto

vantagens estratégicas quanto vulnerabilidades significativas. Com base na leitura integral do

artigo, quanto à principal vulnerabilidade do modelo econômico brasileiro, que o torna

suscetível aos impactos das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

Forte dependência da queima de combustíveis fósseis para a matriz energética, tornando

a economia refém da variação do preço do petróleo.

Baixa diversidade de biomas, o que impede a adaptação de culturas agrícolas a novas

condições climáticas e limita os serviços ecossistêmicos.

Extrema dependência dos setores do agronegócio e da geração de energia hidrelétrica,

ambos diretamente afetados por alterações nos padrões de chuva.

Localização geográfica em altas latitudes, o que torna o território nacional mais suscetível

ao derretimento de calotas polares e ao frio extremo.

Industrialização tardia e pouco diversificada, concentrada em setores de baixa tecnologia

que não conseguem competir no mercado global de baixo carbono.

 

22 QUESTÃO

 

O Brasil tem um perfil de emissão de GEE muito peculiar e diferente da maior parte dos países

desenvolvidos. O Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do

Observatório do Clima (SEEG) mostra que os setores que mais emitiram GEE são: mudança

de uso do solo (46%), agropecuária (27%), energia (18%), processos industriais (5%) e

resíduos (4%). [...] Na maior parte dos países, as emissões são dominadas pela queima de

combustíveis fósseis para geração de eletricidade e no setor de transporte.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 5. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

Com base no texto e nos dados apresentados no artigo sobre o perfil de emissões de gases

de efeito estufa (GEE) do Brasil, analise as afirmativas a seguir:

  1. O perfil de emissões de GEE do Brasil é similar ao de países desenvolvidos, com o setor de

energia, especialmente a queima de combustíveis fósseis, sendo o principal responsável.

  1. As atividades rurais, somando a mudança de uso da terra e a agropecuária, representam a

maior parcela das emissões de GEE do país, totalizando 73%.

III. A redução do desmatamento na Amazônia é uma estratégia central para o Brasil atingir

suas metas climáticas, dado que a mudança de uso do solo é a principal fonte de emissões.

É correto o que se afirma em:

 

ALTERNATIVAS

I, apenas.

III, apenas.

I e II, apenas.

II e III, apenas.

I, II e III.

 

23 QUESTÃO

 

Ao fazer um paralelo entre a Rio-92 e os outros eventos internacionais posteriores, percebe-se

que, apesar de certo desapontamento com o limitado avanço em alguns assuntos em pauta no

primeiro encontro mencionado, este representou, de maneira geral, um momento de otimismo

e de expectativas favoráveis [...]. Passada mais de uma década [...], a percepção dos analistas

e participantes dos encontros seguintes, como a Rio+10 e Rio+20, reveste-se de maior

ceticismo, avaliando que a situação social e ambiental no nosso planeta sofreu mais

retrocessos do que ganhos efetivos.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Comparando a percepção sobre a Rio-92 com a das conferências posteriores (Rio+10 e

Rio+20), o autor do artigo argumenta que houve uma transição:

 

ALTERNATIVAS

Do ceticismo para o otimismo, pois os resultados práticos da Agenda 21 se mostraram

muito positivos ao longo do tempo.

Da primazia de temas sociais para uma abordagem puramente ecológica, com foco

exclusivo na preservação da natureza selvagem.

De um cenário de otimismo e expectativas favoráveis na Rio-92 para um sentimento de

ceticismo e percepção de retrocessos nos eventos subsequentes.

Da hegemonia dos países desenvolvidos para a liderança dos países do G-77, que

passaram a ditar as regras das negociações ambientais.

De uma abordagem baseada em acordos voluntários para a criação de um tribunal

ambiental internacional com poder coercitivo.

 

24 QUESTÃO

 

O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no

6.938/1981), exigido para empreendimentos potencialmente poluidores. Recentes

flexibilizações têm gerado debates sobre o risco de aumento de danos ambientais.

Fonte: BRASIL.Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em:

3 out. 2025.

Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta

entre elas:

  1. A flexibilização do licenciamento ambiental pode aumentar o risco de degradação em

biomas sensíveis, como a Amazônia.

PORQUE

  1. O licenciamento tem caráter preventivo e condiciona a instalação de empreendimentos ao

cumprimento de normas ambientais.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

As asserções I e II são falsas.

 

25 QUESTÃO

 

Em todos os fóruns internacionais onde se debate a questão ambiental, os anos 1990 marcam

uma inflexão em direção à lógica mercantil, à lógica empresarial. A Rio 92 representa o

exemplo mais evidente dessa afirmação, em um contexto mundial de recente pós-dissolução

da União Soviética e com o fortalecimento político-ideológico do liberalismo.

Fonte: DIAS, E. S. Os(des) encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

No que significa a 'inflexão em direção à lógica mercantil' que marcou o debate ambiental a

partir da Rio-92, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

As soluções para os problemas ambientais passaram a ser buscadas prioritariamente por

meio de mecanismos de mercado e da lógica empresarial.

Houve um aumento do controle estatal sobre as atividades econômicas, com forte

regulação para limitar a ação das grandes corporações.

Os movimentos sociais e ONGs perderam totalmente sua influência, sendo excluídos dos

debates internacionais sobre o tema.

A questão da pobreza e da desigualdade social foi solucionada, permitindo que o foco se

voltasse exclusivamente para a dimensão econômica da sustentabilidade.

Os países socialistas, após a dissolução da União Soviética, passaram a liderar o debate

ambiental com propostas anticapitalistas.

 

26 QUESTÃO

 

Fica claro que a Cúpula de Johannesburgo orientou sua pauta para um conjunto de

reivindicações amplas, abordando necessidades de cunho social e ambiental. [...] Também

desperta a atenção o retorno da antiga reivindicação da composição de fundos de

financiamento compostos pela destinação de 0,7% do PNB dos países desenvolvidos [...], o

que significa, implicitamente, o reconhecimento do fracasso da efetivação dessa proposta ao

longo de décadas.

Fonte: DIAS, E. S. Os(des) encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

A análise da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), em Johannesburgo

(2002), permite concluir que o evento foi marcado:

 

ALTERNATIVAS

Pelo sucesso na implementação das metas da Agenda 21, servindo como uma

celebração das conquistas da década anterior.

Pela introdução de metas inovadoras e de um novo paradigma de desenvolvimento, que

superou as propostas da Rio-92.

Pela reiteração de metas sociais e ambientais não cumpridas e pelo reconhecimento

implícito do fracasso das propostas de financiamento anteriores.

Por um foco restrito em questões puramente ambientais, como biodiversidade e

mudanças climáticas, criticado por ignorar a dimensão social.

Pela ausência de participação dos países em desenvolvimento, que se retiraram das

negociações por falta de avanços.

 

27 QUESTÃO

 

Quando se soma o total emitido por mudança de uso da terra e as emissões totais da

agropecuária, a maioria delas do rebanho bovino, conclui-se que 73% das emissões nacionais

estão diretas ou indiretamente ligadas à produção rural e ao desmatamento da Amazônia. Por

outro lado, o clima é um fator significativo na produtividade agrícola, e um dos setores que

podem ser muito impactados é exatamente a produção agrícola e a pecuária. [...] Um dos

desafios é desenvolver uma agricultura mais eficiente e resiliente, reduzindo drasticamente

novas expansões sobre áreas de vegetação nativa [...] e, ao mesmo tempo, reduzir as

emissões.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil.Ciência&Cultura, São

Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 6. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O artigo posiciona a agropecuária brasileira em um duplo papel na crise climática: como

principal vetor de emissões e, simultaneamente, como um setor altamente vulnerável.

Considerando essa dualidade, no que visam as estratégias propostas no texto para conciliar a

produção de alimentos com a sustentabilidade climática, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

Expansão da fronteira agrícola sobre a Amazônia e o Cerrado, por se entender que a

vegetação nativa é um empecilho ao desenvolvimento econômico do país.

Substituição completa da agropecuária pela bioeconomia baseada exclusivamente no

extrativismo da floresta em pé, abandonando a produção de alimentos em larga escala.

Manter as práticas atuais de produção, investindo apenas em sistemas de irrigação para

combater os efeitos das secas, sem alterar o modelo de emissões do setor.

Priorizar a pecuária extensiva, aumentando o rebanho bovino como principal estratégia

para garantir a segurança alimentar, mesmo que isso eleve as emissões de metano.

Aumentar a eficiência e a resiliência do setor por meio de tecnologias de baixo carbono e

práticas de manejo que recuperem áreas degradadas, reduzindo a necessidade de

expansão sobre a vegetação nativa.

 

28 QUESTÃO

 

A recomendação de atingir a meta de 0.7% do PNB (Produto Nacional Bruto), apresentada

durante a CNUMAD, foi recuperada da Conferência de 1972, e, a despeito de a redação

contemplar de forma vaga um 'compromisso' sem garantias de adesão efetiva [...], esse ponto

só constou na versão final da Agenda 21, depois de ultrapassada a resistência de alguns

países desenvolvidos. [...] Transcorrida mais de uma década, não é surpresa afirmar que a

meta pretendida não foi alcançada e mesmo que poucos países desenvolvidos fizeram algum

esforço no sentido de implementá-la.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Sobre o financiamento para o desenvolvimento sustentável discutido na Rio-92, assinale a

alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

A meta de 0,7% do PNB foi uma proposta inovadora da Rio-92, prontamente aceita por

todos os países desenvolvidos, incluindo os EUA.

Houve um consenso para que os recursos fossem administrados por um novo fundo

especial, desvinculado do Banco Mundial, conforme proposta do G-77.

O compromisso de repasse de 0,7% do PNB pelos países desenvolvidos foi um tema

controverso, que não se materializou na prática, resultando em um quadro regressivo de

ajuda ao desenvolvimento.

 

Os Estados Unidos, apesar de não se comprometerem com a meta percentual, tornaram-

se os maiores doadores em valores proporcionais ao seu PNB.

 

A meta de financiamento foi plenamente atingida até o ano 2000, conforme acordado,

viabilizando a maioria dos projetos da Agenda 21 nos países periféricos.

 

29 QUESTÃO

 

A Rio 92 simbolizou a síntese das diversas discussões acumuladas, relativas ao meio

ambiente e desenvolvimento mundial [...]. Destaca-se a Agenda 21 pelo fato de ser o

documento frequentemente apontado como o de maior importância enquanto resultado da Rio

92 e, também, por ser o mais amplo. [...] Como suas orientações não têm um fundamento

alicerçado na obrigatoriedade, a efetivação, mesmo que parcial, de suas diretrizes,

dependeria da pressão social e política exercida pelos movimentos sociais e ONGs sobre os

governos.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de

Estocolmo à Rio+20 - expectativas e contradições.Caderno Prudentino de Geografia,

Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

De acordo com o texto, a Agenda 21, principal documento da Rio-92, pode ser caracterizada

como:

 

ALTERNATIVAS

Um tratado internacional com força de lei, que estabelecia multas e sanções obrigatórias

para os países que não cumprissem suas metas ambientais.

Um plano de ação abrangente, de caráter não-obrigatório, que buscava reorientar o

padrão de desenvolvimento e dependia da pressão social para sua implementação.

Um documento focado exclusivamente na criação de um fundo financeiro para países em

desenvolvimento, deixando de lado as dimensões sociais e políticas.

Uma iniciativa do Fórum Global das ONGs que foi posteriormente adotada pela

conferência oficial dos governos, graças à pressão popular.

Um acordo que teve sucesso imediato na sua implementação, com a maioria dos países

signatários atingindo suas metas já na primeira década.

 

30 QUESTÃO

 

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado intensos debates sobre os efeitos ambientais e

socioeconômicos da expansão de atividades agropecuárias sobre áreas florestais. A

mudança no uso do solo para agricultura e pecuária tem gerado impactos significativos nos

ecossistemas, influenciando desde o regime de chuvas até a qualidade do solo. Nesse

cenário, políticas públicas e práticas sustentáveis vêm sendo discutidas como formas de

compatibilizar o desenvolvimento produtivo com a conservação ambiental.

Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta

entre elas:

  1. A mudança no uso do solo é um dos principais vetores de degradação ambiental no Brasil,

com impactos diretos sobre a biodiversidade e o clima.

PORQUE

  1. A conversão de áreas florestadas em pastagens e agricultura intensiva reduz a cobertura

vegetal, afetando os serviços ecossistêmicos e aumentando as emissões de gases de efeito

estufa.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

 

ALTERNATIVAS

As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

As asserções I e II são falsas.

 

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